sexta-feira, 17 de maio de 2013

Servidores da Saúde ameaçam parar


Servidores da Saúde ameaçam parar

Pela primeira vez nesta legislatura servidores tomam o plenário da Câmara de vereadores para protestar contra a política salariala
Na tumultuada sessão da segunda-feira (29/4), funcionários da Saúde ligados ao Sintesbre [Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Barra do Garças e Região] correram uma lista convocando seus associados para uma assembleia prevista para 20 de maio para discutirem o posicionamento do prefeito Roberto Farias sobre o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) quando devem apresentar ou não o indicativo de greve da categoria.
Em data recente os representantes dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) foram recebidos pelo presidente da Câmara Miguel Moreira Alves (Miguelão) e pelo líder do prefeito na Câmara de Vereadores, Odorico Ferreira Cardoso Neto (Professor Kiko) para discutirem a Portaria 260 de fevereiro desse ano, os R$ 950 por cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) que o Ministério da Saúde destina aos municípios. Em
Barra a categoria recebe R$ 678 mensais.
Procurado por lideranças ligadas à saúde o vereador Reinaldo Silva (Chocolate), que ao lado de Julio Cesar e Zé Maria, de uma bancada de 15, ainda ousam fazer oposição na Câmara, apresentou um projeto de lei, uma réplica apresentada na gestão passada por seu colega de parlamento, o Professor Kiko (quando fazia oposição), mas que foi derrubado pelo rolo compressor em seu ressurgimento, agora sob alegação de inconstitucionalidade.
A bancada de sustentação e Roberto Farias na Câmara de Vereadores terá que se explicar à população barra-garcense, caso devam satisfação a esta sociedade, “esse descaso”, conforme disse a presidente do Sintesbre Luzilerne de Fátima Sousa que convocou seus colegas para uma sessão que de certo modo foi pacífica, mas salpicada de vaias aos vereadores que disseram “não” ao projeto que vem de encontro aos Agentes Comunitários de Saúde.
Talvez a Bancada do Sim, preocupada em atenções ao prefeito Roberto Farias, se esquece do projeto de lei 020 de 14 de setembro de 2012, de autoria do Poder Executivo Municipal que “estima e receita e fixa as despesas do município para o exercício de 2013”, através de uma emenda aditiva da então vereadora Antonia Jacob Barbosa, que em metas e prioridades estipula a quantia de R$ 2 milhões para a revisão do PCCS e outros R$ 2 milhões também destinados ao setor de saúde.
Logo, o projeto que Chocolate sugere ao prefeito é pouco, são ínfimos R$ 950 que a prefeitura recebe todos os meses do Ministério da Saúde. No momento em que Chocolate defendia esse projeto ele lembrou-se de ressaltar o nome de seu mentor, o professor Kiko que deixou à Mesa da Casa (ele é 1° Secretário) sob vaias e protestos pelo fato de, em data passada, ter defendido aquelas mesmas ideias que hoje abomina neste seu outono político.
Chocolate lamentou não ser aquele dia (29) “um marco em nossa história, justamente no momento em que aprovamos o Portal da Transparência há muito reivindicado pela sociedade barra-garcense”.
OUTRO LADO
Em um post em seu faceboock o líder do prefeito na Câmara, professor Kiko se lembrou das discussões acaloradas na sessão e disse que “piso salarial é uma coisa, adicional é outra”.
Ele citou também que um parágrafo da lei 260 diz que ‘no último trimestre de cada ano é repassado a parcela extra, calculada com base no número de ACS do cadastro do Sistema de Informação definido para este fim em cada município.
Neste caso, segundo Kiko, o que os Agentes Comunitários de Saúde teem garantido é o rateio adicional entre esses servidores inscritos no Ministério da Saúde.
Didático, o professor Kiko enumera quatro itens facilmente encontrados em sua página na web. Por último ele diz que “O discurso fácil é enganador, pois encobre a incapacidade de ver, analisar e agir”. Referindo-se ao projeto ele acrescenta: “Não é apenas uma questão de vontade – as questões legais ligadas às ordens orçamentárias, estruturais e infraestruturais precisam estar bem fundamentadas”.
SINTESBRE
Atenta às perdas salariais de sua classe a presidente do Sintesbre, Luzilerne de Fátima Sousa analisa que aquela sessão da Câmara de Vereadores não resultou em nada. “Ficamos na mesma situação”, e partindo para uma questão quase falimentar disse que o vereador José Maria teria visitado a casa de uma ACS onde encontrou apenas farinha na geladeira.
“Paga-se mal e ainda contrata mais pessoas. Por que fazer isso se vivem alegando que a folha está inchada?” Luzilerne referiu-se ainda a funcionários do Pronto Socorro que terian sido transferidos para outras unidades e contratação e mais 10 técnicos, aprovados, claro, pela Câmara de Vereadores.
Finalizando Luzilerne diz que sua classe não tem respaldo de mais ninguém. “Recebemos o Miguelão em nosso Sindicato que foi lá pra pedir voto e agora foge da raia. E olha que não pedimos muito, apenas o prometido que é receber nossa insalubridade e adicional noturno que seria de 25% mas que só recebemos 10%”, disse.
“Estamos cansados de esperar, inclusive pelas promessas do Beto. Com a aprovação do Portal da Transparência esperávamos também que o projeto passasse. Quando entrei na prefeitura ganhava três salários mínimos, hoje ganho pouco mais que um. Beto fez um pacote de obras. Todos queremos uma cidade bela, mas que zelem pelo bem-estar dos servidores”, disse a presidente do Sintesbre.
Fonte: http://noticiadosmunicipios.com.br/site/index.php/noticias/12-cidades/9522-servidores-da-saude-ameacam-parar

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