quinta-feira, 2 de maio de 2013

Servidores cobram de vereadores posicionamento do PCCS


Servidores cobram de vereadores posicionamento do PCCS

Semana7.com/Sergio Santana
SERVIDORES DA SAÚDE VÃO A CÂMARA COBRAR POSICIONAMENTO DE VEREADORE
Na tumultuada sessão dessa segunda-feira (29), funcionários da Saúde ligados ao Sintesbre [Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Barra do Garças e Região] correram uma lista entre cerca de 200 pessoas convocando-as para uma assembleia prevista para 20 de maio para discutirem o posicionamento do prefeito Roberto Farias sobre o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) quando devem presentar ou não o indicativo de greve daquele setor da administração municipal.
Em data recente representantes dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) foram recebidos pelo presidente da Câmara Miguel Moreira Alves (Miguelão) e pelo líder do prefeito na Câmara de Vereadores, Odorico Ferreira Cardoso Neto (Professor Kiko) para discutirem a Portaria 260 de fevereiro desse ano, ou se preferir, os R$ 950 por Agente Comunitário de Saúde (ACS) que o Ministério da Saúde destina aos municípios por cada Agente Comunitário que em Barra do Garças recebem apenas R$ 678 mensais.
Procurado por lideranças ligadas à saúde o vereador Reinaldo Silva (Chocolate) apresentou um projeto de lei, uma espécie de réplica apresentada na gestão passada por seu colega de parlamento, o Professor Kiko, mas que foi derrubado neste seu ressurgimento sob alegação de inconstitucionalidade.
À exceção dos vereadores Chocolate, Julio Cesar e José Maria, toda a outra bancada terá que se explicar à população barra-garcense “esse descaso”, conforme disse a presidente do Sintesbre Luzilerne de Fátima Sousa que convocou seus colegas para “uma sessão pacífica”, mas que foi salpicada de vaias aos vereadores que disseram “não” aos servidores da Saúde.
O projeto de Chocolate sugeria ao prefeito o pagamento integral dos R$ 950 que chega aos cofres da prefeitura vindo do Ministério da Saúde. No momento em que Chocolate defendia seu projeto ressaltou o nome de Kiko que deixou à Mesa da Casa (ele é 1° Secretário) sob vaias e protestos pelo fato de, em data pretérita, ter defendido aquelas ideias que hoje abomina.
Chocolate disse que “esse seria o dia para ficar em nossa história, justamente no dia em que aprovamos o Portal da Transparência há muito reivindicado pela sociedade barra-garcense, já que fomos eleitos para fiscalizar os atos do prefeito que precisa olhar no olho dos funcionários e pedir um prazo para cumprir essa lei nosso Agentes de Saúde”.

OUTRO LADO
Em um post em seu faceboock o líder do prefeito na Câmara de Vereadores, Kiko lembrou das discussões acaloradas na sessão e disse que “piso salarial é uma coisa, adicional é outra. Ele cita que um parágrafo da lei 260 diz que ‘no último trimestre de cada ano será repassada a parcela extra, calculada com base no número de ACS do cadastro do Sistema de Informação definido para este fim”.
Neste caso o que os Agentes Comunitários de Saúde tem garantido é o rateio adicional entre agentes inscritos no Ministério da Saúde. Didático ele enumera seu raciocínio em quatro itens. Por último ele diz que “O discursos fácil é enganador, pois encobre a incapacidade de ver, analisar e agir. Não é apenas uma questão de vontade – as questões legais  ligadas às ordens orçamentárias , estruturais e infraestruturais precisam estar bem fundamentadas”.

SINTESBRE
Atenta às perdas salariais de sua classe a presidente do Sintesbre, Luzilerne de Fátima Sousa analisa que a sessão da Câmara de Vereadores não resultou em nada. “Estamos na mesma situação”, disse ela e citou o nome do vereador José Maria que teria visitado a casa de uma servidora onde encontrou apenas farinha na geladeira. 
“Paga-se mal e ainda contrata mais pessoas. Por que fazer isso se vivem alegando que a folha está inchada?” Luzilerne diz ainda que são vários os funcionários do Pronto Socorro que foram transferidos para outras unidades e diz-se espantada com a contratação e mais 10 técnicos, aprovados, claro, pela Câmara de Vereadores.
Finalizando Luzilerne diz que sua classe não tem respaldo de mais ninguém. “Recebemos o Miguelão em nosso Sindicato que foi lá pra pedir voto e agora foge da raia. E olha que não pedimos muito, apenas o prometido que é receber nossa insalubridade e adicional noturno que seria de 25% mas que só recebemos 10%”, disse.
“Estamos cansados de esperar, inclusive pelas promessas do Beto. Ontem (29) aprovaram o Portal da Transparência e a gente esperar que possam espelhar os feitos desta Câmara. Quando entrei na prefeitura ganhava três salários mínimos, hoje ganho pouco mais de um. Beto fez um pacote de obras. Todos nós queremos uma cidade bela, desde que zelem pelo bem-estar dos servidores”, disse a presidente do Sintesbre.
Fonte: Semana 7
http://www.semana7.com/?pg=Noticia&Noticia=7598

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