quinta-feira, 2 de maio de 2013

Beto Farias: 100 dias de ‘ações’ ineficientes


ROBERTO FARIAS E OS CEM DIAS DE SUA GESTÃO

A cidade de Barra do Garças nunca viveu fase tão complicada como a que vive neste início da gestão, de Roberto Farias (PSD). Concluindo os cem primeiros dias dessa sua administração ele mal conseguiu efetuar uma ação efetiva, concreta e que conseguisse pelo menos amenizar a situação dos buracos, tanto na área central como nos bairros da cidade. Ele e sua equipe alegam ser culpa das chuvas. No início de sua gestão Roberto Farias usou alguns setores da imprensa para pedir calma à população e prometia, assim que a “chuva desse uma trégua aquilo seria resolvido”. Em Barra não choveu por cem dias consecutivos.
Outro fato que muito incomoda a comunidade é a concebida falta de atenção aos bairros. Beto [assim o chamam seus amigos] criou o Projeto Barra Feliz. Aquela história de mutirões de limpeza nos bairros que recebem o programa. Não se nega aqui uma ação de efeito, mas que deixa a desejar. Isso sem contar os bairros mais carentes onde às vezes é difícil conceber o que venha ser rua ou atalhos improvisados por seus moradores.
O Jardim Nova Barra é exemplo claro disso. Quem ouse entrar nos labirintos de suas ruas antes passe em frente às empresas Coca-Cola e Silgran. É preciso habilidade ao guidão se de bicicleta, de motos ou ao volante de um carro. Tudo ali, as ruas, a macega, buracos e outros que se configuram num caos e que não merecem elogios.
Nesses cem dias de governo, o que se viu por parte da Câmara de Vereadores, (quer de oposição ou situação), foram às infindáveis indicações pedindo a esse prefeito a trocas de lâmpadas, consertos em asfalto (buracos), limpeza pública, coisinhas mais que não justifica o salário de nenhum deles. É pouco, muito pouco. E sabe disso quem anda pela periferia da cidade.
Em três meses de gestão a inércia da Câmara de Vereadores em cobrar atenção do prefeito para os assuntos críticos que pode começar pelo setor de saúde pública, neste momento em que a dengue se alastra pela cidade, ou no inconcebível episódio da apreensão de máquinas na fazenda Tambori, de propriedade de Roberto Farias, que culminou, inclusive, com a prisão do secretário de Administração, Isaias Mariano, deixou intrigada a sociedade que quer bem esta cidade e houve certa alegria quando o fato veio a público através do furo de reportagem à imprensa local e também do Estado.
A contratação da empresa de coleta de lixo PSG (Porteirão Serviços Gerais) que deixou famílias sem emprego para somar a centenas de outras, vem este prefeito a público dizer que a substituição da Evolu Service pela PSG não traria prejuízo à ninguém. Não se sabe das donas de casa que ficaram por quase 15 dias com lixeiras lotadas, o mal cheiro espalhando-se pelos becos, a proliferação do mosquito da dengue.
Outro fato que tem deixado os simpatizantes de Roberto Farias com certa indignação é o fato de não ter cumprido, até agora, uma de suas principais promessas que foi o de cumprir o Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS), que segundo seu líder na Câmara, o petista Kiko, a prefeitura não teria ‘caixa’ para tal proeza. Ao contrário do que dizem alguns, a prefeitura já conta com mais de 140 contratados em cargos de confiança, (os DAS). Números indicam que na gestão anterior contava-se apenas 40, segundo informações do próprio ex-prefeito Wanderlei Farias.
O ex-prefeito questiona que foi realizado concurso público em sua administração. Que existe o cadastro de reserva que deve ser respeitado. Pelo contrário, “Beto criou mais oito secretarias e contratou pessoas sem passar por nenhuma avaliação”.
Para incrementar a situação devastadora, Roberto aumentou salário de seus secretários, vereadores e o seu próprio. Os secretários passaram de 3,6 para 6 mil. Vereadores, de pouco mais de 5 mil chegaram, felizmente aos 8 mil. O salário do prefeito que era 5 dobrou para 10 mil. Diga-se isto sem se contar eventuais diárias, entre outros benefícios. Enquanto isso os servidores, em sua maioria, recebe salário mínimo, (678 reais).
O ex-prefeito Wanderlei Farias (PR) ao ser questionado a respeito de dívidas da prefeitura que teria deixado ao seu sucessor, retrucou que deixou em caixa 2 milhões de reais para a reforma de 12 PSFs e 1,6 milhões para as obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Outros 2,5 milhões para obras de recapeamento de ruas e avenidas e 2 milhões de reais para obras de drenagem. “Na minha gestão deixei 350 casas populares em construção e um loteamento aprovado para a construção de outras 950 unidades, cujos recursos são da Caixa Econômica Federal e não da prefeitura, como Roberto Farias anunciou. O convênio que ele assinou é de fachada”, ressaltou ao afirmar que até recursos para a reforma do aeroporto municipal havia deixado locado.
Wanderlei questionou ainda o excesso de funcionários apontados pelo prefeito. “Se a prefeitura está engessada é por culpa dele que contratou 400 funcionários, dobrou seu salário e aumentou o número de secretárias”.
“Recentemente o prefeito Roberto Farias anunciou que vai lançar um grande pacote de obras, como nunca se viu na história desta cidade. Nada contra sua atitude, mas vamos dar a César o que lhe pertence. Dizer que conseguiu 950 casas, que vai pavimentar ruas, que vai construir a Casa do Atleta, tudo isso já constava na previsão da gestão passada e com recursos já definidos. “Isso é fazer bonito com o chapéu dos outros”, como disse o vereador Julio Cesar, em entrevista à Rádio Aruanã, quando se defendia da acusação de ter sido ele o denunciante que levou a Justiça a apreender máquinas na fazenda do prefeito.
O prefeito vai a Cuiabá, a Brasília em busca de recursos. Ele tem que fazer isso mesmo. Primeiramente ele teria que tirar o município da inadimplência. Barra precisa de sua certidão negativa de débitos expedida pela Fazenda Pública Estadual e a Certidão Negativa do Tribunal de Contas do Estado, ambas vencidas em fevereiro.
É conveniente lembrar que na gestão passada vários projetos só foram viabilizados por meio de ações judiciais a exemplo do Programa Segundo Tempo entre outros. Isso porque o ex-prefeito ‘comunista’ Zózimo Chaparral deixou a prefeitura inadimplente. Aquele seu gesto custou muito caro à cidade, aos seus moradores. A gestão seguinte, de Wanderlei Farias reverteu aquela situação. O município passou, então, a receber convênios e recursos dos governos federal e estadual, “de que tanto se gaba o atual prefeito”, ironiza Julio Cesar.
Fonte: http://www.semana7.com/?pg=Noticia&Noticia=7446

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