TRIBUNAL DE CONTAS | 03/05/2012 - 20:52
Alencar diz que sonho sempre foi prefeitura, mesmo com presidência na Copa
Gabriela Falcão
O ex-conselheiro também garantiu que abriria mão do salário de prefeito, caso fosse necessário. Aposentado, ele tem o direito a continuar recebendo, de forma vitalícia, os R$ 24 mil mensais equivalentes ao salário do TCE. Já como prefeito de Barra do Garças, teria um subsídio de cerca de R$ 10 mil, o que ultrapassaria os quase R$ 27 mil pagos aos ministros do STF e que correspondem ao teto constitucional.
Alencar ressaltou que todos sabem sobre seu sonho de ser prefeito. Lembrou que tentou por duas vezes, sem sucesso, e então conseguiu se eleger deputado. Quando esteve no Legislativo foi vice-líder do Governo e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois foi indicado, pela Assembleia, para o cargo de conselheiro. “Mas eu gosto de mudar, não sei ficar quieto, acomodado. O bom é se sentir bem e com energia e agora prefiro ser prefeito da minha cidade do que conselheiro”.
Confiante, o pré-candidato ainda sem partido, acredita que a população vai reconhecer o fato de ter aberto mão do TCE pelo município e falou que muita gente o tem procurado pedindo que esteja na disputa. “Juntou a fome com a vontade de comer”, comemorou. Quanto ao partido, disse já ter sido procurado pelo PP e PDT, mas afirmou que a preferência é pelo PSD. Caso, não se viabilize, garante que não terá problemas em procurar outra legenda, o importante é ser candidato.
Com os sociais-democratas o problema é o empresário Roberto Farias, que não abre mão de disputar, apesar de estar inelegível. Alencar ponderou que esteve com o empresário no dia 20 e ele pediu prazo para definir, pois entrou com recurso contra a decisão que o tornou inelegível. Mesmo com o imbróglio, parece que o nome do conselheiro aposentado já está certo no PSD. Ao passar o número de seu telefone a reportagem, brincou ao citar o 55: “esse é o número do PSD”.
Para a campanha, embora tenha afirmado que está há 6 anos afastado da política e não da população do município, disse que ainda precisa levantar as necessidades do município. Se limitou a citar a precariedade em indústrias e a ausência de planos de carreira para os servidores, afirmando que será elaborado um plano de governo a altura de Barra do Garças.
Num breve relato de sua história no órgão, Alencar diz acreditar ter cumprido seu papel. Lembra que ajudou a modernizar o TCE e que foi ouvidor por 4 anos, antes de deixar o cargo para ser vice-presidente. “Transformei a ouvidoria, recebi gente do país inteiro e não tem um denunciador que pode dizer que não coloquei uma denúncia para frente”.
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