segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alencar foi derrotado em Barra do Garças por Wanderlei Farias e agora vai encarar de novo o grupo


Nos passos de Júlio, Alencar deixa o TC e pode se "afundar" para prefeito

ANÁLISE
  • Em 2006, Alencar foi derrotado em Barra do Garças por Wanderlei Farias e agora vai encarar de novo o grupo
  • Ao optar pelo PSD, Alencar vai eliminar internamente Beto Farias, assim como Júlio Campos vez com Walace
alencar1Alencar Soares trilha o mesmo caminho de Júlio Campos e, levado pelo oportunismo e sede de poder, pode amargar a mesma decepção nas urnas. Em dezembro de 2007, Júlio se aposentou prematuramente do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Garantiu alto salário vitalício, mas recebeu reação dura dos várzea-grandenses, que não aceitaram-no como futuro prefeito. Júlio "minou" a pré-candidatura de Walace Guimarães, que aparecia entre os mais cotados do grupo. A reação foi tamanha que a população preferiu reeleger Murilo Domingos, um prefeito que estava morto politicamente e que acabou tendo poucos meses de sobrevida, já que veio a ser cassado. Antes, Júlio tinha sido prefeito, governador, deputado federal e senador. Só veio a se recuperar em 2010, quando se elege a federal pelo DEM.
Cinco anos depois, eis que Alencar, depois de ter sido deputado estadual, também deixa o TCE de forma prematura para ser candidato em Barra do Garças. Vai se filiar ao PSD e, assim como Júlio teve de patrolar Walace no PFL em Várzea Grande para poder concorrer, Alencar terá de "derrubar" o empresário Roberto Farias, que só recua se continuar inelegível. Alencar é um pecuarista, que investe em rebanho leiteiro e na criação de carneiro. Costuma misturar o público com o privado. Em 2006, foi candidato a prefeito de Barra do Garças pelo PMDB. Teve 12.416 votos. Perdeu para Wanderlei Farias, hoje no terceiro mandato não consecutivo, por 707 votos de diferença. Foi uma campanha polarizada, tanto que o terceiro colocado Herval Alves obteve somente 292 votos pelo PMN.
Agora que o conselheiro se aposentou, a tendência é de polarização de novo entre Alencar e o grupo do coronel político Wanderlei, que vai colocar a máquina à disposição para não dar trégua ao adversário a quem derrotou nas urnas há 16 anos. Wanderlei também é pecuarista, assim como Alencar. Como está inelegível, arrumou a desculpa de que não tem mais interesse na reeleição e deve lançar um dos sobrinhos vereadores, ou Júlio César (PSDB) ou Andrea Santos (PR). Enquanto Barra do Garças reviverá a polarização na campanha entre dois pecuaristas-políticos, outros dois candidatos vão correr por fora, o deputado Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), e o advogado Sandro Sargin (PSB).

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