sábado, 7 de janeiro de 2012

Turismo e turistas abandonados em Barra



TURISMO
12/5/2011
SEMANA7

KALIXTO GUIMARÃES

semana7.com
Centro de Atendimento ao Turista (CAT), construído na gestão do comunista Zózimo Chaparral e de portas fechadas desde o início da administração Wanderlei Farias, em 2009
Neste feriadão nacional quem escolheu Barra do Garças, em Mato Grosso, como roteiro para passar os  quatro dias de folga da semana santa, pagou bem os seus pecados, vivendo a penitência do abandono e da falta de infraestrutura em que se encontra o setor turístico neste município e em seu entorno.
Diante de um cenário desolador, onde centenas de turistas completamente perdidos e sem nenhuma informação, perambulavam pelas ruas da grande Barra, em busca dos magníficos “points naturais” de visitação e lazer existentes no encontro das águas dos rios Araguaia e Garças, ficou explicito o descaso e a incompetência da atual administração quanto ao desenvolvimento do turismo regional.
Desde a má sinalização, com placas indicativas, orientando o acesso  para os locais de visitação,  ao precário serviço de recepção e atendimento ao público, tudo deixa a desejar. Por mais que o Sebrae e as empresas do setor, se esforcem no sentido de melhorar e dinamizar a  insípida indústria  turística de Barra do Garças e dos municípios vizinhos, propagando e ensinando que este é um dos negócios mais lucrativos do mundo, capaz de alavancar as economias dessas localidades, gerando centenas de emprego e aumentando a renda per capita da sociedade, os seus gestores públicos, parecem ignorar e continuam não dando a atenção merecida para a sua consolidação.
Eles não enxergam e nem acreditam na crescente demanda internacional, cada  vez mais focada na exuberância e nos atrativos da paisagem natural da região e que este fator, se bem explorado, pode aumentar significativamente a receita de seus municípios, pagando rapidamente, os custos dos investimentos.
As caravanas e os diversos grupos que agora vieram, podem não mais retornar e, ainda, passar adiante a decepção do passeio, contando a penitência dos buracos que enfrentaram nas estradas e a péssima recepção que tiveram no badalado pólo turístico do triângulo Barra-Pontal e Aragarças.
A sujeira na Praia Quarto Crescente, a falta de segurança no banho de rio, as perigosas trilhas rumo as cachoeiras, que mesmo assim, estavam lotadas, a exemplo da bela cachoeira do Pé da Serra, que não conta com nenhum tipo de infraestrutura e higienização, enfim, para completar o desgosto dos visitantes, foi o total o fechamento dos estabelecimentos comerciais nas três cidades, na sexta-feira, certamente, por ordem e decreto do Papa. Inclusive, o apertado balneário das Águas Quentes, que já passou da hora de ter sua área ampliada.
Estou certo de que a majestosa capital italiana e centenas de outros cartões postais do turismo mundial não fecharam as suas portas, muito pelo contrário, capricharam no recebimento e atendimento de seus turistas. Lamentavelmente, o blá-blá-blá da parte dos prefeitos locais, para o desenvolvimento do pólo turístico do “encontro das águas,” não passa mesmo da retórica político-eleitoral, os investimentos necessários, os quais já deviam terem sido feitos e que vão ficando na promessa, na conversa fiada.
Quem perde com isso é a população local que poderia está ganhado mais, recepcionando melhor os milhares de turistas, ávidos em conhecer a região, porém, não se arriscam a vir, a começar pela buraqueira das rodovias, pela ponte aérea que não existe e muito mais pelo medo de ficarem perdidos e literalmente, no “Mato Sem Cachorro.”

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